sexta-feira, 25 de março de 2011

O que é a PJ - historia, organização, grupos e mais.

 

 O que é a PJ?

Pastoral da Juventude é uma organização de juventude ligada ao Setor de Juventude de CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). Por isso, é comprometida em com a evangelização, em especial de jovens empobrecidos. A PJ é feita de homens e mulheres que sonham com um mundo mais justo, e desta forma dedicam sua vida à causa do Reino de Deus. Na PJ, o sonho, o canto, a poesia, a amizade estão presentes em cada momento, em cada grupo de base. Muitos jovens são integrantes ou militantes da PJ. Em cada cidade ou Estado encontra-se pelo menos um grupo, que todos os dias se fazem sinal do Reino Definitivo.

NOSSA HISTÓRIA
A PJ é herdeira de uma história que vem sendo construída em nosso país desde 1930 com a chamada Ação Católica. Por volta de 1920, o Papa Pio XI preocupado com a missão da Igreja diante dos desafios e das grandes mudanças na realidade mundial (processo de urbanização e industrialização), estimulou a chamada Ação Católica que era o espaço de participação dos leigos católicos no apostolado hierárquico da Igreja, para o difusão e a atuação dos princípios católicos na vida pessoal, familiar e social. A Ação Católica no Brasil foi marcada por dois momentos distintos.

O primeiro com a chamada Ação Católica Geral (de 1932 a 1950), e o segundo momento da Ação Católica Especializada (de 1950 a 1960). Com a Ação Católica Especializada e os seus grupos JAC (Juventude Agrária Católica), JUC (Juventude Universitária Católica), JEC (Juventude Estudantil Católica) e JOC (Juventude Operária Católica) percebemos a início de um novo modelo de pastoral com os jovens. A PJ herdou muita coisa deste período, como o método Ver-Julgar-Agir; uma prática transformadora a partir da realidade; a descoberta da dimensão política da fé; o protagonismo dos jovens e a presença do Deus Libertador nas lutas do povo. Mas o surgimento de uma PJ Orgânica e transformadora como conhecemos hoje foi sendo gestado na década de 70 por iniciativa da própria CNBB e iluminado por um novo modelo de Igreja Latino-americana que vinha sendo construído através das conclusões e encaminhamentos das Conferências dos Bispos do América-latina acorridas em Medelin (1968) e Puebla (1979).

Nesta história é fundamental ressaltar os Encontros Nacionais da PJ ocorridos em 1973, 1976 e 1978, que inicialmente serviram para reunir as experiências da PJ esparsas por todo o País. Os encontros, seminários e assembléias nacionais foram espaços de articulação, organização e elaboração dos projetos da PJ.
Chegando os anos 90, diante de uma nova realidade social e eclesial, a PJ ingressa numa nova fase, a chamada Missão. A história recente da PJ foi gestada, com toda a dor e a esperança que é particular de um parto, a ousadia em refletir sobre si mesma, nos fez crescer passo-a-passo como uma criança que deseja viver as suas etapas em toda a sua plenitude.

NOSSA MISSÃO

“O Espírito do Senhor está sobre nós, consagrou-nos com a missão de levar a Boa Nova aos pobres, proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação das vistas, libertando os oprimidos e proclamando o ano de Graça do Senhor.” (Lucas 4, 18-19)
1 - A missão é que dá vida e sentido para a Pastoral da Juventude. É o eixo determinante. É nosso agir concreto de jovens que participamos da comunidade eclesial e damos testemunho de nossa fé, inspirados na pessoa de Jesus Cristo e animados pelo Espírito Santo.
2 - A PJ, como parte da Igreja Latino-americana, assume a Evangélica opção pelos pobres e jovens. E nós, jovens protagonistas da PJ, vamos ao encontro de todos os jovens nas diversas realidades eclesiais e sociais, sendo sensíveis e solidários às suas dores e desejos, alegrias, necessidades, potencialidades, anseios… Queremos que todos nós jovens, sejamos comprometidos com a libertação individual e coletiva, resgatando a cidadania. Queremos ser capazes de denunciar profeticamente as estruturas e situações de morte, anunciando e testemunhando o Reino do Deus da vida.
3 - Por isso, buscamos descobrir alternativas e propor ações concretas que respondam aos problemas que nós, jovens, vivemos. Procurando utilizar recursos, pedagogia e linguagem jovens que contribuam para transformar a realidade e concretizar os sinais da CIVILIZAÇÃO DO AMOR - “ANO DA GRAÇA DO SENHOR”.

NOSSA IDENTIDADE
1 - Somos jovens das diversas realidades regionais do país, na maioria empobrecidos e a exemplo de Jesus Cristo fazemos a opção pelos pobres e jovens. Nos encontramos em grupos para partilhar e celebrar a vida, as lutas, sofrimentos e cultivar a amizade a partir de uma formação integral e mística própria.
2 - Somos grupos de Jovens motivados pela fé, atuando dentro das comunidades eclesiais, a serviço da organização e animação das comunidades.
3 - Atuamos também na sociedade inseridos nos movimentos sociais, com destaque a participação político-partidária, movimentos populares e outras organizações que lutam em defesa da vida e da dignidade humana.
4 - Nos organizamos a partir das coordenações dos grupos, paróquias, diocese e regional, ligados à Igreja do Brasil e da América Latina. Assim construímos e registramos nossa história, criando uma unidade na diversidade.
5 - Diante de uma política desumana da manipulação dos MCS e de uma realidade tão adversa, ousamos assumir e propor os projetos da Pastoral da Juventude do Brasil, como alternativa na construção da civilização do amor, sendo presença gratuita e
qualificada no meio da juventude, atuando também em parceria com outras organizações da sociedade.
6 - Somos PJ organizada no Brasil, com linha definida e metodologia própria, aberta ao novo acolhimento dos anseios da juventude, garantindo o seu protagonismo, evangelizando de forma inculturada na realidade em que vivemos.
7 - Somos jovens felizes, apaixonados, ternos e motivados pela fé. Encaramos a vida com potencial criativo muito grande, valorizando as artes (dança, poesia, música…) o lazer, o corpo, o símbolo, as culturas, com ardor, sonhos e amor pela causa do Reino.

NOSSA ORGANIZAÇÃO

A Pastoral da Juventude é uma organização Nacional, que tem ramificações dos diversos regionais da CNBB, Dioceses, Paróquias, Comunidades, e enfim, em todos os ambientes onde estão os jovens.
A Coordenação Nacional da Pastoral da Juventude é a o órgão máximo da PJ. Nela estão jovens representantes dos estados (regionais) e que encaminham as decisões tomadas pela Assembléia Nacional da Pastoral da Juventude (ANPJ), que é a instância máxima da PJ, e acontece periodicamente, de que participam jovens de todo o país.

Nos regionais, as coordenações, tratam de encaminhar as decisões tomadas na assembléias locais, sempre tendo como referência o que foi definido a nível nacional. Num regional normalmente acontecem encontros de formação (política, social, afetiva, espiritual), sempre em vista de um novo homem e de uma nova mulher.
Nas dioceses, da mesma forma as coordenações locais, são formadas por jovens militantes que integram as coordenações paróquias, Nela o trabalho com a base se dá me maneira mais intensa. No encontros, campanhas, assembléias, concentrações, cursos e todas as outras atividades tem como destinatários e/ou protagonistas os grupos de base e/ou militantes destes grupos.

As paróquias, por sua vez, é formada pela própria base. Nelas as coordenações são sempre formadas por representantes dos grupos de base, e todas as seus atividades necessariamente tem como protagonistas os membros dos próprios grupos.

Nas comunidades, estão a fonte de toda a energia da PJ: os Grupos de Base. Neles é que acontece de fato a vivência diária da amizade e da utopia pelo Reino de Deus. São os grupos de base que vivem com a comunidade e com ela buscam soluções para os problemas cotidianos. Nos grupos, os jovens são protagonistas de sua própria história (assim como nos outros níveis), e cultivam os valores do novo homem e da nova mulher e que determinarão sua participação na comunidade por toda a sua vida, sempre na perspectiva de eliminar as injustiças e construir uma sociedade justa e fraterna.


História e Organização da PJ

O jovem é o melhor apóstolo do próprio jovem (Paulo VI)

Conhecer a história da Pastoral da Juventude?

Quando conhecemos uma pessoa, queremos saber algumas informações sobre ela para saber se pode ser, ou não, nossa amiga. Quando ficamos sabendo de uma organização, é a mesma coisa; precisamos saber como surgiu e para quê, para sabermos, assim, como talvez possamos continuar este projeto.

A Pastoral da Juventude nasce quando você entra para o grupo de jovens. O grupo de jovens é o ponto de partida desta história. Ele é o ponto de partida, se não for um grupo isolado. Pastoral da Juventude é a teia que une os grupos de jovens de uma cidade, de uma região, de uma diocese ou do Brasil e, ainda, de toda América Latina Podemos dizer que é uma articulação. Articulados como os membros do nosso corpo: diferentes, mas integrados.

Esta rede tem pontos em todas as cidades; é do tamanho da América Latina e está funcionando, mais efetivamente, desde o começo dos anos de 1980. Existem encontros, assembléias, reuniões e outras formas de o pessoal se encontrar para decidir coisas que ajudem na evangelização da juventude. Elaboram-se, até, “planos” e “atividades” para que todos os grupos do Brasil possam participar da mesma caminhada, o que é muito bonito. É algo grandioso, porque é feito por jovens. Os jovens, através de coordenações, vão decidindo o que é melhor para o caminho e contam com a ajuda de pessoas adultas, chamadas “assessores/as”. São pessoas, que vão ajudando, questionando e trabalhando a formação. Acompanham os jovens e os grupos de jovens no caminho para que estes possam ser sempre mais protagonistas de sua história.

No final dos anos 1970 alguns jovens, animados/as por bispos, padres, leigos/as começaram a organizar os grupos de jovens em uma proposta conjunta de pastoral. Muita gente foi organizando e tecendo essa teia da história da Pastoral da Juventude no Brasil: jovens que , muitas vezes, passaram pelas coordenações e outro tanto de adultos que prestaram o serviço da assessoria.. Uma pastoral dos jovens e para os jovens. Em 1992, depois de conseguirem 500 mil assinaturas, os jovens conseguiram que a Campanha da Fraternidade tivesse o jovem como tema. Nada foi fácil e, por isto, esta história é carregada de sabor. Aliás, em que ano você entrou para o grupo? Como você pode continuar esta história?

Este é um jeito de fazer a evangelização da juventude. Ao longo da história da Igreja temos muitas outras experiências. Vocês já viram falar dos “movimentos”? Temos alguns ligados às Congregações tais como: Franciscanos (JUFRA), Jesuítas (CVX), Dorotéias, Salesianos, Dehonianos… entre tantos. Outros são ligados a movimentos ou associações diferentes. Uns deles são a Juventude Operária Católica – JOC, os Focolares (GEN), os Vicentinos, a Renovação Carismática Católica (RCC), o Segue-me, o Emaús e outros ligados, principalmente, a encontros de casais.

Estas propostas são diferentes para o trabalho com os jovens. Os “movimentos”, normalmente, dão um acento maior para uma espiritualidade ligada ao carisma de origem e tem uma organização nacional e internacional, ligados a uma Congregação ou a um Movimento. A Pastoral da Juventude dá um acento maior ao protagonismo dos jovens e na formação integral e tem sua organização ligada a uma diocese e às estruturas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Como se organiza esta Pastoral da Juventude?

Ela, a Pastoral da Juventude, é uma rede com fios de muitas cores. Em primeiro lugar, vêm os grupos que se organizam no ambiente da comunidade, do bairro, na zona rural ou nas escolas e universidades. Os jovens que participam dos grupos procuram cuidar da sua formação como um todo. Chamamos esta formação de “integral” porque está atenta à vida das pessoas em todos os aspectos: pessoais, grupais, sociais e políticos, espiritual e, também, das habilidades que cada pessoa precisa desenvolver em grupo e pessoalmente.

Podemos ter uma coordenação que reúne representantes de todos os grupos de jovens de um município; uma organização na região, em nível de diocese, em nível de Regional da CNBB , em nível de país e de América Latina. A “Pastoral da Juventude” é a articulação entre todas as instâncias; é um ir e vir do grupo às coordenações e das coordenações ao grupo.

Para você ter uma idéia, em julho de 2004 acontecerá a 14a Assembléia Nacional das Pastorais de Juventude organizadas no Brasil. Estas Assembléias se reúnem de 3 em 3 anos., definindo o Plano Trienal.

O Plano Trienal está sendo organizado desde 1995 com três eixos:

# Ação: Um exemplo é o Dia Nacional da Juventude que celebramos, desde 1986, em todo Brasil. Seu tema e lema são encaminhados pela coordenação nacional. Outros exemplos são a Semana da Cidadania e a Semana do Estudante… tendo-se trabalhado, nos últimos tempos, o tema das Políticas Públicas para a Juventude;

# Formação: Trata da capacitação dos jovens, das coordenações e das assessorias, especialmente através de Escolas de lideranças, procurando partir-se das necessidades e dos interesses dos jovens;

# Espiritualidade: Aqui falamos de modo muito especial das Escolas bíblicas e litúrgicas, da valorização do Ofício Divino das Comunidades e da Leitura Orante da Bíblia, bem como na necessidade de trabalhar a mística do estudante, do jovem da roça e do jovem trabalhador.


A Pastoral da Juventude existe porque os jovens convocam novos grupos e propõem milhares de atividades como: teatro, esportes, orações, encontros, campanhas, visitas, intercâmbios, cursos pré-universitários, formação de grêmios estudantis, luta pela primeira terra, participação das lutas pela Reforma Agrária, colaboração no “Grito dos Excluídos” e do Mutirão de Superação da Miséria e da Fome, entre tantas outras coisas.

A Pastoral da Juventude começa quando os jovens de uma paróquia ou diocese, escola ou universidade decidem tecer juntos os programas e as atividades que vão desenvolver com os grupos e quando formam as coordenações jovens e as equipes de assessores/as (adultos com conhecimento da proposta e dispostos a favorecer o protagonismo juvenil).

Qual é o objetivo da Pastoral da Juventude?

O grande objetivo é despertar os/as jovens para a PESSOA e a PROPOSTA de Jesus Cristo, desenvolvendo com eles um processo global de formação a partir da fé para formar líderes capacitados/as para agirem na comunidade, na própria Pastoral da Juventude e em outros ministérios da Igreja, nos diferentes meios como a escola, a universidade e a zona rural, comprometidos/as com a libertação integral da pessoa e da sociedade, levando uma vida em comunhão e participação (Doc. 76 – CNBB).

Pastoral da Juventude

O QUE É?


PASTORAL - vem de pastor, nosso pastor é Jesus Cristo. “Fazer” pastoral, é fazer o que Jesus fez. É continuar sua missão. Por isso é importante destacar que, pastoral é, serviço e ação; trabalho de quem segue a Jesus Cristo.
Pastoral, como vimos, não é um grupinho de pessoas, mas é a ação desenvolvida a favor da vida plena. É ação organizada da Igreja para “atender” uma determinada situação, uma realidade específica, no caso a Juventude.

DA - Pastoral DA Juventude e não Pastoral DE Juventude.

Parece bobagem, mas vamos analisar: Se fosse DE juventude, seriam os padres, as irmãs, os adultos leigos, trabalhando para os jovens, e até com os jovens. Mas não seriam os jovens os Sujeitos!
Sendo DA juventude, significa que é fazer que Jesus fez em meio à juventude. É dos jovens. É o “jovem sendo apóstolo do próprio jovem”.
Com isto não estamos dizendo que adultos não devem participar, mas sim auxiliar e estar presente; alguém mais experiente ajuda na caminhada e não a conduz.

JUVENTUDE – que não é só um estado de espírito é a etapa da vida humana, onde se tomam as decisões que definem o rumo da vida. É a época que se fazem as grandes opções da vida.

A PJ SOMOS NÓS - UMA HISTÓRIA REAL

UMA DESCOBERTA IMPORTANTE



Quando o pessoal de uma certa diocese começou a organizar a Pastoral da Juventude, cada grupo caminhava isolado. Alguns ficavam sempre na mesma coisa, pois só conheciam a própria experiência. Outros dependiam do “cacique” que há muito, era o “presidente” do grupo. Os jovens pareciam crianças na escola: ouviam palestras e faziam tarefinhas.

Aconteceram algumas reuniões e aí o pessoal foi descobrindo o valor do intercâmbio, da troca de experiências. Descobriram que podiam ser mais fortes, ter acesso a novas idéias, se tivessem uma organização de todos os grupos.

E mais tarde, esse pessoal, discutiu um objetivo comum fizeram um planejamento para integrar e apoiar os grupos. Foram construindo, assim, uma “ação” organizada dos jovens, para crescerem na Fé e Evangelizarem outros jovens.

Nasceu assim, dos próprios jovens, com a contribuição de assessores (adultos) a PASTORAL DA JUVENTUDE - PJ.

Logo eles descobriram que não estavam sozinhos, podiam contar com experiências e até amizades de outros grupos/comunidades, da região/diocese (a cidade como um todo), do Estado e até mesmo nacionalmente (do Brasil todo).

Mas certas pessoas (coordenadores/participantes) não gostaram, pois estavam perdendo o “reinado”; Daí diziam que o grupo “dele” não iria participar da PJ, de uma organização grande, só para jovens ou feita por jovens com troca de experiências e ainda com uma atuação/ações religiosas/espiritual que envolvesse também ações sociais e isto pode ocorrer ainda hoje, contudo, a PJ explica: esse tipo de coordenador, não deve decidir nada, pois o grupo não é dele. Quem deve decidir é o grupo, pois o grupo é a PJ e a PJ é o grupo.

É na PJ que o grupo vai encontrar energia nova, amigos ovos, experiências novas, repassar “suas” experiências e é no “seu” grupo que a PJ vai encontrar tudo isto também.

O GRUPO É A BASE: ainda tem gente que pensa que a PJ é a coordenação ou alguma coisa distante O grupo é a base da PJ. É no grupo e pelo grupo que a Pastoral da Juventude acontece ou não. Quando o grupo busca viver a Fé, atuar na sua comunidade, descobrir como transformar a vida e, junto com os demais grupos, ser evangelizador e outros jovens, já está sendo ou fazendo a PASTORAL DA JUVENTUDE – PJ.

PJ E SUA MISSÃO - OBJETIVO

Se realizar pastoral é fazer o que Jesus fez, então devemos buscar o que Ele fez. E assim diante da realidade triste e desafiadora que se vive, a missão primeira da PJ é de EVANGELIZAR a juventude, ela força e dinamismo do próprio jovem, com o apoio dos adultos, pais, padres, irmãs e comunidade.
E o que significa evangelizar? Muitos dirão: é levar o evangelho, pois significa a “Boa Notícia”. E Jesus Cristo nos diz para levar a boa notícia. O que não significa tanto falar de Jesus, mas fazer o Ele fez.
Só evangeliza quem conhece, aceita e segue a Cristo e seu projeto Pôr isto evangelizar é TESTEMUNHAR o amor, o perdão, a humildade, a alegria da doação e da partilha. É ser SOLIDÁRIO e COMPROMETER-SE com os pobres e oprimidos. É ANUNCIAR Jesus Cristo com suas ações e sua Boa Nova.
Por isso a PJ assume dois objetivos básicos:
1. Ajudar o/a jovem a transforma-se em Homem/Mulher Novos, pôr meio de uma autêntica vivência do Evangelho.
2. Impulsionar o/a jovem para que, na medida em que se evangeliza (aprende):
* Evangelize (ensine/ajude) a outro ovem e,
* Transforme sua realidade (onde mora, trabalha, estuda) de acordo com os valores cristãos.
Todo este trabalho de evangelização só tem sentido porque acreditamos em Deus. Deus de Jesus Cristo, Deus encarnado na história de seu povo, Deus da vida plena e para todos. Porque temos Fé e percebemos que é preciso ser cristão em todos os movimentos da vida. Temos uma espiritualidade própria. É a Fé que leva a gente a se comprometer com a defesa da vida pôr isso fazemos uma opção, a mesma que Jesus fez: a opção pelos jovens empobrecidos. É o Deus libertador que nos dá força coragem de lutar pela justiça, fraternidade, juventude, paz e justiça social.


Princípios da PJ

1. No seguimento a Jesus Cristo, evangelizar e deixar-se evangelizar a partir das diferentes realidades e culturas, privilegiando a juventude empobrecida.
2. A partir do projeto e da Pessoa de Jesus Cristo ter o jovem como protagonista e agente libertador, tornando-o sujeito da história, à partir do seu meio.
3. Ter nos jovens empobrecidos, em particular, nos excluídos, o seu referencial na formação de agentes de transformação.
4. Assumir a originalidade da juventude nas diferentes realidades e experiências.
5. Valorizar e reconhecer a Pessoa em todas as suas dimensões, fazendo emergir a Nova Mulher e o Novo Homem.
6. Enfatizar a gestação da Nova Mulher e do Novo Homem, vivenciando as diferenças e valorizando o que é próprio de cada um.
7. Resgatar e construir a cidadania como meio de superação da opressão e da exclusão.
8. Ter, em seus jovens, os sujeitos da ação transformadora, gerando o Novo.
9. Ajudar o jovem a experimentar e a vivenciar o sentido pascal na própria vida.
10. À maneira de Jesus Cristo, que se encarnou e resgatou os valores da cultura de seu povo, cultivar uma espiritualidade inculturada nas diversas realidades do jovem latino-americano.
11. Aprofundar uma espiritualidade ecumênica e aberta ao diálogo inter-religioso, considerando que os valores da paz, da justiça, do amor e da vida são valores universais.
12. Ajudar, principalmente pelo testemunho, a concretizar a proposta de Jesus Cristo na realidade onde vivemos.

Pistas para Grupos de Jovens

PISTAS PARA SER UM BOM GRUPO DE PJ

1 - É bom que seja um grupo pequeno para que todos possam se conhecer bem, ser amigos e participarem de tudo;
2 - Que todos vivam no mesmo bairro, participem da mesma comunidade ou, então, viva uma mesma situação e atuem no mesmo meio (colégio, bairro etc) ou interesse (movimento popular, teatro, ong);
3 – Que seja um grupo fixo, de jovens que queiram se comprometer em fazer uma caminhada de crescimento em conjunto (evitando a saída e entrada de gente);
4 – Que tenha uma organização mínima, com um planejamento de sua caminhada, preparação das reuniões e outras atividades, divisão de tarefas entre todos, garantindo a participação democrática;
5 – Que esteja disposto a refletir a vida à luz do Evangelho, aprofundando o conhecimento e a vivência da Fé na Igreja e atuar de modo transformador na sua realidade: ver-julgar-agir e celebrar, unindo reflexão e ação;
6 - Que na sua vida de grupo e na sua caminhada de formação, procure desenvolver de forma equilibrada todas as dimensões da formação integral do jovem: pessoal, social, política, mística e técnica, como a PJ propõe;
7 – Que esteja ligado à organização da PJ de sua paróquia e diocese, levando e recebendo informações e experiências, para que a evangelização aconteça;
8 – Que esteja bem plantado na sua realidade, descobrindo as necessidades e oportunidades de ação e atuando na sua comunidade ou ambiente, junto com outros;
9 - Que esteja preocupado com a evangelização de outros jovens, sendo testemunho e fermento no meio deles, promovendo atividades que os despertem e motivem para a vivência comunitária;
10 – que esteja disposto a apoiar o nascimento de outros grupos ( e não a trazer gente para seu grupo) e a “morrer” como grupo quando tiver cumprido sua missão.

A Organização em Grupos

ACOMPANHAMENTO DIÁRIO  E  SIMPLES


A ORGANIZAÇÃO EM GRUPOS


—  REFLEXÃO:  a referência pode ser aplicada de acordo com sua função no grupo  e ou local de organização, quanto a sua coordenação, acompanhamento ou simples participação.
*** No seu trabalho desenvolvido, ao saber, ver, visitar o grupo ou conversar (via fone/ pessoalmente) com coordenação/ participantes, o que você sentiu no mesmo?

—  Como está a organização do grupo?

* Demorou a iniciar?
* Houve animação?
* Teve  motivação dos momentos da reunião?
* Houve oração “diferente”?
* Houve tempo  para cada momento?

—  O pessoal do grupo participou?

* Levaram a sério?  Brincaram?
* A coordenação ou quem estava conduzindo a reunião era ouvido?
* Os presentes deram sua opinião?  Foi respeitada ou dado “ouvido”.

—   A coordenação teve “pulso” para não deixar bagunçar ou ir para outro  caminho o assunto tratado?



—   A coordenação soube encaminhar os momentos sem ser autoritária ou Sem demorar muito para iniciar ou fechar o assunto?

* A seqüência da reunião saiu dos “trilhos”?  o coordenador soube retornar ou atropelou-se e finalizou sem conclusão o que estava sendo visto.

—  Como está sendo a preparação das reuniões?

* Só a coordenação?
* Chama-se o pessoal para ajudar?
* Bem preparada?  De última hora?

—  Como estão sendo realizados os repasses (avisos, convites, normas) que chegam de outros lugares (comunidade, paróquia, organizações da sociedade civil) para o grupo?

* Quem repassa motiva com todos os detalhes?
* Repete como robô ?
* Se o pessoal pergunta algo, sabem responder ou nem respondem?

— Faça outros ou seus comentários sobre o que viu ou ouviu!!! Acrescentem mais perguntas, questionamentos. Os citados, são primordiais, mais simples.

A observação é uma grande atitude e forma. Avaliação não é somente parar um determinado dia e debater, discutir ou analisar o assunto (grupo, temas, pessoas).
O aperfeiçoamento do trabalho pode e deve ser realizado sem ser “percebido”, para não afugentar e ou magoar alguém, para após colher os frutos dos melhoramentos e caminhos sem erros e sem frustrações.

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