sexta-feira, 25 de março de 2011

Diocese de Piracicaba Pastoral da Juventude : PROJETO COPA – “Conhecer para Amar”


Diocese de Piracicaba
Pastoral da Juventude

PROJETO COPA – “Conhecer para Amar”

LINHAS DE AÇÃO PARA 2007


Visando a avaliação do Estudo 93 da CNNB, Evangelização da Juventude: Desafios e Perspectivas Pastorais, a atual conjuntura e organização da Pastoral da Juventude da Diocese de Piracicaba, nós, representantes regionais, viemos através desta, apresentar para os responsáveis eclesiais, uma proposta de trabalho, de modo que supra as necessidades do momento, assim como um caminhar coerente e organizado, para vencer desafios futuros e ampliação de nossa pastoral.
Sabendo da existência do projeto “Jovem Evangelizando Jovem”, estabelecido em 2004, com suas linhas de ação até 2007, vemos que até o presente momento a sua contemplação parcial, e em alguns aspectos totalmente inexistentes.
Contudo, seus objetivos são claros e estão em sintonia com o estudo 93, outro fator que nos fez repensar o que é Pastoral da Juventude, e como faze-la acontecer.
Tanto o Clero, quanto os membros da Pastoral da Juventude, sabem que o estudo 93 mesmo em processo de avaliação, e com a sua possível aprovação, não estará extinguindo a citada pastoral, mas sim fazendo com que ela tenha participação efetiva do Setor Juventude, com total autonomia, assim como outros movimentos que venham fazer parte do mesmo.

Portanto, neste momento de transição e novas propostas, é que queremos apresentar parâmetros e linhas de ação, para uma estabilização em sintonia com o Marco Referencial da PJ (Estudo 76 da CNBB), e particularidades específicas de cada realidade regional.
Este material não visa ser um Estatuto de Pastoral, mas apenas linhas práticas de ação, considerando o atual momento. Porém acreditamos que com a implementação dessas diretrizes, poderemos num futuro próximo, estabelecer um novo projeto e criar um estatuto próprio da Pastoral da Juventude da Diocese de Piracicaba.





VER


 “A Pastoral da Juventude é utopia e realidade,
desafio e tarefa. Já está aí, mas nunca está pronta e acabada.
Sua especialidade é estar sempre em construção,
dinâmica e criativa, como a própria Juventude”.
(autor desconhecido)

A Pastoral da Juventude, na Diocese de Piracicaba vem se organizando de maneira incomum, perante o modelo seguido por muitas outras dioceses, e recomendado pela própria PJB. A saber: em nossa diocese não temos a figura dos articuladores diocesanos, ficando o contato com a diocese e com o coordenador de pastoral, através dos representantes de região.
Porém, a pastoral da juventude de nossa diocese vem sentindo uma falta muito grande, de uma articulação da pastoral em nível diocesano. Pessoas que estejam preocupadas, conectadas e possuam visão mais abrangente da diocese.
Outra necessidade sentida por nossa juventude é a falta de formação, tanto no que diz respeito ao conhecimento do que é de fato PJ, frutos da realidade do jovem atual e do enfraquecimento pastoral na Igreja; como formação de como trabalhar com os jovens (montagem de encontros, planejamento, liderança)
.

JULGAR


“Só se ama aquilo que se conhece.”
(Autor desconhecido)
De acordo com a exposição dos anseios e necessidades descritos acima, cabe neste momento entender de onde eles vêm e as razões de existirem.
Em relação à organização da Pastoral da juventude na diocese, a falta de uma equipe que tenha como uma de suas atribuições preocupar-se com o macro, sem tanto especificidades das regiões, atrapalha o andamento da pastoral impedindo que haja uma maior mobilidade e articulação da mesma entre si e entre o coordenador, além de sobrecarregar os representantes de região que tentam responder por suas regiões e articular a diocese, fatalmente deixando a pastoral com um caráter regionalizado.
A juventude precisa ser constantemente formada. Detectamos que nos últimos anos há uma diminuição nos números de grupos de base e os que existem detecta-se um enfraquecimento nos ideais da Pastoral da Juventude, muitas vezes descaracterizando-a por sofrer fortes influencias de outros movimentos e carismas, isto se deve também pela conjuntura em que vivemos o jovem menos crente e menos combativo, que prefere a fuga da realidade e um certo tipo de consolo que o afaste dos problemas da sociedade. Assim, há necessidade de um regaste do histórico da identidade da Pastoral da Juventude mostrando para o jovem atual seu papel transformador na sociedade e acolhe-lo na verdadeira vida cristã.
Uma vez sabido o papel de protagonista na construção do Reino que a pastoral da juventude dá aos jovens, há a necessidade de garantir a forma de como essa noção será passada ao jovem. Isto na formação para encontros em si, formando liderança, etc.

AGIR


“Só uma juventude organizada,
será uma juventude forte.”
(PUEBLA, 1185/1188)
As propostas para a Pastoral da Juventude em 2007, elaborada em conjunto com articuladores das Regiões Pastorais, foram as seguintes:
OBJETIVOS GERAIS
o      Ter uma visão ampla da pastoral na diocese para melhor atender os anseios dos grupos de base e garantir uma maior unidade, sempre respeitando as diferentes realidades;
o      Articular e dinamizar a pastoral entre as regiões;
o      Organizar/realizar formações continuadas nas regiões;
o      Preparar/fornecer subsídios às bases;
o      Projeto formação continuada, para que a identidade da PJ seja apresentada, resgatada e reafirmada (poderia ser um pouco como o que já ocorre em Rio Claro):
o      Formação com a historia PJ e nosso jeito de fazer pastoral (“Jovem Evangelizando Jovem”); Formação em geral: planejamento, liderança, temas.
o      Incentivar maior participação e comprometimento do jovem com a Pastoral e a Igreja.

LINHAS DE AÇÃO
1. Novo formato de organização da PJ Diocesana
A fim de termos uma PJ mais participativa e comprometida, bem como uma integração maior dos grupos de jovens junto às outras instâncias da pastoral (região, diocese, sub, região sul 1), a proposta é que é nossa organização utilize o formato de COMISSÃO.


O próprio significado da palavra no dicionário traduz um pouco do porque utilizar este
formato de organização:

do Latim comissione
s. f.,
ato de cometer, de encarregar;
         incumbência;
         encargo;
         cargo ou funções de caráter temporário;
         mandato;
         gratificação;
         percentagem;
         grupo de pessoas encarregadas de tratar conjuntamente de um assunto;


Outra novidade, é que este organização se repita em todas as instâncias da Pastoral da Juventude, ou seja, desde o grupo de jovens até a PJ Nacional (no caso desta última, já usa este formato de organização).

Isso facilitará também a participação e o protagonismo dos jovens na história e a na transformação da realidade, pois saberão sempre que não estão caminhando sozinhos.

Portanto, é aconselhável que todos, inclusive os jovens dos grupos de bases, tenham consciência deste formato organizacional, pois assim também se sentirão parte do processo e co-responsáveis pela PJ.

2. Coordenação e representação
           
            Cada comissão será coordenada por 2 jovens (de preferência um homem e uma mulher), que serão escolhidos pelos membros da própria PJ através de um processo democrático e participativo.
            Alguns quesitos que um bom coordenador deverá ter:
·         Ter vivência de PJ;
·         Saber dos métodos, etapas e pedagogia da PJ;
·         Ter claro conhecimento do que é ser um coordenador cristão;

            O(a) jovem escolhido(a) terá a total liberdade de aceitar ou não a função de coordenador (a) a qual foi escolhido(a). Lembrando sempre, que este é um serviço que prestamos primeiro em favor do Reino, da juventude e da vida.

2.1. Tempo de nomeação.

O tempo proposto para a estadia do(a) jovem em determinada função é de 2 anos. Podendo ser revisto a adaptado a realidade de cada instância.

O objetivo é conscientizar o jovem que fazem parte da coordenação e articulação da Pastoral da Juventude tenham o seguinte pensamento:

-  “Eu não SOU coordenador(a)/articulador(a)/representante.
    Eu ESTOU coordenador(a)/articulador(a) /representante!”

Assim, aos poucos, criaremos uma cultura de protagonismo e comprometimento com a PJ, pois todos têm vez e espaço. Este pensamento também visa evitar a visão de que o jovem é “eterno” em sua função, evitando desgastes pastorais e garantindo o protagonismo de todos.

O processo de educação e Fé e crescimento dentro do grupo de Jovens depende da passagem por algumas etapas, as quais chamamos de Nucleação, Iniciação e Militância.  Ao chegar na etapa de militância, muitos jovens deixam o grupo e vão em missão para outras pastorais, movimentos ou até mesmo nas próximas instancias da Pastoral da Juventude. A estes que desejam continuar na organização

2.2. Modo de nomeação
O ideal seria que as Assembléias, juntamente com um processo de votação direta, acontecessem sempre que se desejasse escolher novos jovens para as funções.
Evitar ao máximo o processo de indicação, pois além de ficar pouco democrático, dificulta que a comissão aceite, colabore e se comprometa com o(a) novo(a) articulador(a) /representante, e este com o serviço a ser desempenhado.

No começo, logo após o(a) novo(a) jovem assumir um papel de articulação/representação ele poderá solicitar, ou não, o acompanhamento do(a) jovem(a) que estava no papel anteriormente, para que haja algumas orientações. Mas que esse acompanhamento seja somente no inicio do processo e num caráter assessorista (aconselhamento) e não de tomada de decisões.
  
Quando um(a) jovem for escolhido(a) como articulador(a)/coordenador(a) de uma instância, seria ideal ele(a) deixar a articulação/representação da instância anterior. Isso permitirá que o jovem tenha uma visão mais abrangente e se dedique mais a nova missão. Mas atenção: isso não quer dizer que ele(a) deve deixar de participar da instância anterior, principalmente quando esta for o grupo de jovens, base de toda experiência e vivência da Pastoral da Juventude. Não se pode liderar aquilo que não conhece.

3. Reuniões
         É recomendável que a comissão de cada instância (exceto o grupo de jovens) faça uma agenda, com reuniões pré-definidas, em período bimestral, onde nelas seriam tratadas a caminhada da respectiva instancia e possíveis eventos a serem realizados, sempre com foco principal nos grupos de base.
        
As reuniões AMPLIADAS e ASSEMBLEIAS também poderão começar a ser utilizadas para melhor organização e participação dos jovens na PJ de suas instâncias. 

         As reuniões deverão ser bem preparadas e respeitadas, com utilização de pautas, atas e objetivos bem claros. Dê o devido valor à elas, para que não se tornem motivo de desânimo para os(as) jovens da comissão.

4. Equipe de assessores
         Esta instancia, num primeiro, irá momento acontecer no nível regional da diocese. Assim, os jovens que deixarem a comissão regional e se sentirem aptos a estarem no serviço de assessoria da Pastoral da Juventude, serão convidados para fazer parte da mesma.

            Entendemos que não podemos desperdiçar a experiência acumulada de PJ que estas pessoas possuem para colaborar na caminhada dos jovens iniciantes. Ressaltando mais uma vez que eles teriam o papel de assessores, e não de articuladores da PJ, ou seja, eles estarão sempre disponíveis para ajudar, mas quem deverá tomar a iniciativa para que esta ajuda aconteça, será a comissão diocesana.
 
            Percebemos que o protagonismo deve ser do jovem atuante na PJ, mas o assessor (leigo ou religioso) tem extrema importância na orientação da todos juventude. Quem sabe, se este projeto sair do papel, podemos ter uma equipe ampliada de assessores, inclusive com profissionais que possam colaborar na formação dos jovens, como psicólogos(as) e professores(as).
 
            Enfim, precisamos ter plena consciência do papel importante desses assessores para a juventude, começando por assessores pjoteiros para que não percamos nossa identidade.

Sua principal função e dar formação para a instancia a qual pertencer. Isso atende uma necessidade sentida em toda Região Sul 1 da PJ: falta de novos líderes, falta de formação para os mesmos.

Os assessores deverão estar aptos a estudar e preparar subsídios, e também disponíveis para qualquer palestra, oficina, debate ou simplesmente um bate-papo com os jovens da PJ. Desde os membros até os coordenadores/articuladores.

 

5. Sobre as comissões de cada instância


            A formação das comissões propostas tem como objetivo auxiliar a caminhada e a unidade da PJ, porém nunca burocratiza-la. Portanto, sua implementação não é obrigatória, e que se ao fazê-la, sejam respeitadas a necessidade e realidade de cada instância.
Todas as comissões terão total autonomia de caminharem sozinhas, desde que coerente com as diretrizes da Pastoral da Juventude. E também livre acesso em todas as demais instâncias da PJ.

 

I – Grupos de Jovens (GJ) / Grupo de base

O grupo é a experiência central da vivência em comunidade, e é principalmente para ela que toda a estrutura da Pastoral da Juventude deve-se voltar, pois a sua existência depende essencialmente dela. Sabendo de sua importância, queremos fazer com que o jovem valorize o seu espaço já conquistado, e dar total assessoria para aqueles que ainda não puderam se estabelecer na Comunidade Paroquial; Mostrar-lhes a sistematização e pedagogia da PJ, além de afirmar o seu “protagonismo” na história. Os coordenadores do grupo deverão manter contato direto com os jovens e representar seus anseios e realidades para a comissão comunitária;

II – Comissão Comunitária da PJ  (CCPJ)
Nas comunidades (capelas ou matriz) onde houver 2 ou mais Grupos, fazer com que seus representantes (coordenadores) criem linhas de ação que implementem a metodologia e pedagogia da PJ; Os coordenadores da comissão comunitária deverão manter contato direto com os grupos jovens e representar seus anseios e realidades para a comissão paroquial da PJ, e no CP (Conselho Pastoral) de cada comunidade.

II – Comissão Paroquial da PJ  (CPPJ)
Nas Paróquias onde houver 2 ou mais comunidades com grupos de jovens, fazer com que os jovens representantes (coordenadores) de cada comunidade se reúnam e criem linhas de ação que implementem a metodologia e pedagogia da PJ; Os coordenadores da comissão deverão manter contato direto com os grupos jovens e representar seus anseios e realidades para a comissão regional da PJ, e no CPP (Conselho Pastoral Paroquial) de cada paróquia.

IV – Comissão Regional da PJ (CRPJ)

Esta é a comissão composta por 2 representantes de cada paróquia da região pastoral. Seu papel é cooperar na elaboração de projetos, formações, encontros, eventos e calendários; Estabelecer contato direto com as bases e articuladores paroquiais; Estimular e contribuir para o surgimento e desenvolvimento dos grupos paroquiais; Os coordenadores da comissão deverão manter contato direto com os PJs paróquiais e representar seus anseios e realidades para a comissão diocesana da PJ, e reuniões das Pastorais da Região.

V – Comissão Diocesana da PJ (CDPJ)

Esta é a comissão composta por 2 representantes de cada região pastoral da diocese. Seu papel é ficar criar propostas pastorais em conjunto a nível diocesana e prepara eventos como DNJ e outros que envolvem a diocese. Definir e divulgar calendários e eventos; Estimular a participação diocesana no sub. Os coordenadores da comissão deverão manter contato direto com as regiões pastorais da diocese e representar seus anseios e realidades para a comissão do Subregional Campinas, e reuniões das Pastorais da Diocese.

VI – Comissão Sub-regional Campinas da PJ (CScPJ)

 

VII – Comissão Regional Sul 1 da PJ (CR1PJ)


VIII – Comissão Nacional da PJ (CNPJ)


IX – Equipe de assessores


X – Do Assessor Religioso Diocesano

Estabelecer diálogo aberto e direto com todas as instâncias da PJ; Definir junto da Comissão Diocesana calendários e eventos; Analisar viabilidades de projetos; Ser o elo entre a Comissão e Clero; Canal de ligação entre PJ Diocesana e o Bispo.

6. ORGANIZAÇÂO DA PASTORAL DA JUVENTUDE

A organização proposta para a PJ seria a mesma, desde o grupo de base (grupo de jovens) até a equipe diocesana. Claro, cada nível respeitando e atendendo suas respectivas responsabilidades.
Abaixo alguns diagramas que representa as instancias da PJ, bem como os membros que seguem a instancia seguinte, com o objetivo de comissioná-la e também representar a instância anterior.


ORGANIZAÇÃO DA PASTORAL DA JUVENTUDE
A pastoral da Juventude organiza-se em diversas instâncias, cada qual com suas respectivas visões e responsabilidades sobre o trabalho pastoral.




ONDE QUEREMOS CHEGAR ?
Através da concretização deste projeto inicial, a Pastoral da Juventude da Diocese de Piracicaba deseja alcançar novos passos estruturais, organizacionais e também novas linhas de ação.  Dentre estes passos, estão:
·         Realização de uma assembléia diocesana da PJ, para que estas decisões e propostas seja conhecidas e aprovadas por todas as PJs paroquiais das dioceses.
·         Elaboração de um documento oficial da Pastoral da Juventude da Diocese de Piracicaba, o qual serviria de “bússola” para atuais e futuros membros da PJ.
·         Definir como será a participação da PJ no Setor Juventude, nova proposta da CNBB para a Evangelização da Juventude.

CDPJ – Comissão Diocesana da Pastoral da Juventude

Diocese de Piracicaba



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