sexta-feira, 25 de março de 2011

O ANIMADOR E A ANIMADORA DE GRUPO DE JOVENS

O ANIMADOR E A ANIMADORA DE GRUPO DE JOVENS
(Baseado em Civilização do Amor, Tarefa e Esperança)

Identidade e características

O animador é um jovem chamado por Deus na Igreja para assumir o serviço de motivar, integrar e ajudar a crescer os jovens no processo pessoal, grupal e comunitário.

Animar não é pôr em prática um conjunto de técnicas. É um modo de ver, de entender e viver a vida grupal.  É “dar  alma”,  “dar  ânimo”,  “dar  vida”.  É partilhar  a vida para que outros  também  tenham vida.

É acompanhar os jovens nas etapas de seu crescimento pessoal, em seus processos de educação na fé e de integração na comunidade   eclesial,   continuadora da missão de Jesus, e em seu compromisso de serem protagonistas na transformação da sociedade.

Para que este serviço evangelizador possa realizar-se e ser eficaz são necessárias algumas características como o conhecimento da realidade, a capacidade de aproximação, a atitude positiva de apoio e colaboração, a facilidade para a relação pessoal, uma maturidade segundo a idade e uma certa experiência no caminho da fé, que podem ser considerados, por sua vez, como sinais válidos de uma vocação para a animação. Junto com o conhecimento das linhas fundamentais do processo formativo, a capacitação permanente e o acompanhamento dos  assessores,  são características  que asseguram que jovem animador poderá levar em frente e realizar proficuamente seu serviço evangelizador de outros jovens.

O  seguimento   de   Jesus   (Lc   22,25-26)   e   seu   compromisso   com  o   projeto   da  Civilização   do  Amor convidam o animador a agir sempre com atitude de serviço. O animador não impõe. Dialoga. Não ensina mas busca em comum. Não tem a segurança de quem sabe tudo mas a certeza do caminhante que sabe orientar e dizer aonde quer chegar.  Não assume todas as tarefas; sabe partilhar responsabilidades.   Não corta a palavra; busca a participação de  todos.  Dá-se a conhecer   tal  qual  é,  com  suas  virtudes  e defeitos.  Não exalta   sua personalidade  nem busca  adesões.  Preocupa-se pelos   integrantes  de  seu grupo e  lhes  oferece   sua amizade sincera e cordial. Sabe acolher, respeitar e inspirar confiança. Aprende a valorizar a cada pessoa e a respeitar seu ritmo de crescimento. Evita dar mais importância às estruturas e ao êxito dos planos e da organização que à vida como tal.

Desenvolvendo seu serviço de animação, o jovem continua formando-se. Sabe que, como seus irmãos do grupo de   jovens,   também ele  está  em processo de crescimento e,  por   isso,   se  esforça  por  equilibrar   seus compromissos de serviço com as exigências de sua formação pessoal, da direção espiritual e da atenção à vida familiar  e ao meio estudantil, universitário, operário, camponês ou do bairro em que vive. Procura ser uma testemunha viva do que anuncia e viver a coerência de sua fé e de sua vida para não converter-se em mero ideólogo, num demagogo ou num líder auto-suficiente e individualista. Veja algumas tarefas importantes:

* ajudar a preparar e animar as reuniões do grupo ou comunidade juvenil, complementando com dinâmica ou reflexão, ajudando a ampliar os horizontes e o compromisso do grupo;
* detectar os anseios, preocupações, interesses e inquietudes e interrogações dos jovens, como grupo e como indivíduos, para fazerem, juntos, um processo formativo e experiencial que dê respostas significativas às suas necessidades;
* favorecer a convivência fraterna, a expressão alegre, a solidariedade, a criatividade, de modo que os jovens se sintam permanentemente convidados a viver e desejar o ideal da Civilização do Amor;
* criar no grupo um clima democrático, de comunicação aberta e de acolhida de iniciativas, que estimule a participação e a corresponsabilidade da animação comunitária;
* alentar a experiência de Deus na oração, a leitura da Palavra e a celebração viva da fé, tanto em suas expressões litúrgicas como em outras expressões próprias e criativas do grupo;
* propiciar a vivência da fé dos jovens em ações solidárias com os pobres e com os que mais sofrem;
* manter um contato permanente com os processos pastorais de sua comunidade e de sua diocese, assim como com os organismos da Pastoral  da Juventude nacional,  para  favorecer o sentido de comunhão eclesial;
* fazer  o grupo ou comunidade juvenil participante das experiências significativas que vive;
* propiciar o surgimento de novos animadores.

Quando   numa   realidade   pastoral   existem  vários   animadores,   é  muito   bom  criar   uma  Equipe de Animadores onde seja possível comunicar e trocar experiências, ajudar-se e animar-se mutuamente, assegurar a continuidade da formação, evitar que cada um se feche em sua experiência particular...

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