domingo, 17 de abril de 2011

JOVENS DESCOBRINDO UM MÉTODO DE LEITURA DA BÍBLIA - PE. RAY

LEITURA ORANTE 

E-mail: peray@ig.com.br

 

I N T R O D U Ç Ã O

No livro dessa coleção, o autor nos questiona: O que falta para o seu grupo de jovens? Qual a necessidade mais urgente? Onde estão as suas maiores carências? É na ação? Na formação? Na espiritualidade?
É Espiritualidade que esta faltando no seu grupo de jovens?
Pois bem, apresento-lhes o método de Leitura Orante da Bíblia,  e também o Ofício Divino das Comunidades que a 11a Assembléia Nacional da Pastoral da Juventude do Brasil em 1995, assumiu para que os jovens e seus grupos desenvolvessem uma espiritualidade contemplativa e ao mesmo tempo comprometedora e pé no chão.
Portanto, meu caro amigo, esse subsídio que agora coloco em suas mãos nasceu para ajuda-lo e ajudar o seu grupo de jovens nessa caminhada.
Vamos fazer a experiência? Com certeza, vai valer a pena. Utilize os roteiros que vem a seguir. A principio ele irá exigir esforço por parte de cada um, mas com o tempo se evidenciará muito fecundo e valioso no chão da sua vida e do seu grupo de jovens.

1° Roteiro


Tema: O que é Leitura Orante da Bíblia?

Objetivo: Conhecer o método da leitura orante da Bíblia, que é uma herança do povo de Israel e das primeiras comunidades cristãs.

Acolhida: É bom que os participantes do encontro sejam acolhidos com uma musica.

Canto: Seja bem-vindo, bem-vindo seja, olé-lê, ô! Seja bem-vindo, bem-vindo seja, olé-lê, á! Não importa se você veio do sul e do norte, a casa é sua, meu irmão, olé-lê, á!

Animador 1: Iniciemos esse encontro perguntando-nos: Como estamos desenvolvendo a espiritualidade no nosso grupo de jovens?  O grupo tem nos ajudado no aprofundamento da nossa fé nesses últimos anos?

Animador 2: A Ação e a Formação são alimentadas e fortalecidas pela Espiritualidade e a Mística. Por isso a Pastoral da Juventude do Brasil se preocupa em oferecer subsídios e reflexões que ajudem os grupos de jovens e os jovens do Brasil a vivenciarem esta dimensão importante e decisiva.

Animador (a) 1: Em julho de 1998, a PJ do Brasil realizou a sua 12a Assembléia Nacional, para avaliar as suas atividades, elaborar e apresentar um novo Plano Trienal para os anos 1999, 2000, 2001. 

Todos: “Avaliar, redimensionar e celebrar os projetos da Pastoral da Juventude do Brasil, construindo novas respostas e novas estratégias para dar continuidade à caminhada, reforçando o compromisso, a unidade e a identidade rumo ao Novo Milênio”, foi o objetivo da 12a Assembléia.

Animador (a) 1: Em relação ao “Programa de Espiritualidade” as avaliações foram bastante exigentes. Teve-se a impressão que não foi entendido muito bem o que se queria no plano anterior. Vale a pena dar uma lembrada.

Animador (a) 2: O Programa de Espiritualidade, elaborado da 11a  Assembléia surgiu da necessidade de propiciar aos jovens a vivência de uma espiritualidade juvenil e libertadora. Para isso foram propostos, aos jovens, meios adequados para esta vivência. Foram assumidos, como caminhos:

Todos: O método da Leitura Orante da Bíblia, o Ofício Divino das Comunidades, e as Liturgias Jovens.

Animador 1: O método da Leitura Orante, é um método judaico de assimilação da Palavra, e que faz parte da herança do cristianismo.  “O Novo Testamento, por exemplo, é o resultado da leitura que os primeiros cristãos faziam do Antigo Testamento à luz dos seus problemas e à luz da nova revelação que Deus fez de si através da ressurreição de Jesus, vivo no meio da comunidade. No decorrer dos séculos, esta leitura crente e orante da Bíblia alimentou a Igreja, as comunidades, os cristãos”. 

Animador 2: Foi por volta do século XII, no ano 1150, que um monge chamado Guigo, sistematizou esse método como o conhecemos hoje em quatro degrau:

Todos:  Leitura, meditação, oração e contemplação.
Canto: Tua Palavra é lâmpada para meus pés, Senhor (2x)
Lâmpada para meus pés e luz, luz para meus caminhos (2x).

Animador 1: A Leitura consiste em ler o texto várias vezes até criar uma familiaridade com ele. É entrar em contato com o texto utilizando-se de atenção, respeito, escuta... evitando a todo custo uma leitura fundamentalista. Para isso é preciso ver o texto dentro do seu contexto e origem procurando informações a partir de perguntas como essas: Por que o autor escreveu esse texto? Qual era a situação socio-politica-econômica-religiosa-cultural da época? Qual a influência dessa situação na vida da comunidade? Qual a mensagem que o autor queria dar para o povo do seu tempo? O que o texto diz?

Animador 2: A Meditação é um convite para que atualizemos o texto lido e consigamos trazê-lo para dentro do nosso contexto. Podemos fazer isso perguntando: o que há de semelhante e diferente entre a situação do texto com o hoje? Depois, é importante resumir tudo numa frase que nos ajudará a recordar durante o dia o que foi lido e meditado. Essa frase é um prolongamento da meditação. Aos poucos vai havendo uma relação do que foi meditado com a vida de quem está meditando.

Animador 1: Praticamente a oração está presente em todas as etapas. A oração aqui é entendida como dialogo com Deus a partir do texto lido e meditado. Este é o momento tanto para louvor, ação de graças, súplicas, pedidos de perdão, rezar algum salmo, recitar preces conhecidas. É importante que esse momento possa ajudá-lo na reflexão da frase escolhida.

Animador 2: Depois de ler, meditar e orar o texto bíblico e sua realidade, chegou a hora de contemplar todo o caminho percorrido. Contemplar é fazer silêncio para escutar Deus. A contemplação nos ajuda a entender o que Deus está querendo de nós através do texto, lido, meditado e orado. E com isso somos convidados a assumir um compromisso de vida com a realidade.

Animador 1: Vamos ver se entendemos?

Todos: A leitura responde a pergunta: O que diz o texto?
A meditação responde: O que diz o texto para mim, para nós?
A oração responde: O que o texto me faz dizer a Deus?
E a contemplação nos ajuda a responder: Estou pronto para assumir uma nova missão?

Animador 1: Esse método pode ser realizado tanto individualmente, como em grupo. A oração individual, é o momento de encontro pessoal com o Senhor, é fundamental para a experiência cristã: “E vocês, quem dizem que eu sou?” (Mt 16,15b).  “A busca em comum faz aparecer o sentido eclesial da Bíblia e fortalece em todos o sentido comum da fé. Por isso é importante que a Bíblia seja lida, meditada, estudada e rezada também em comum” 
Animador 2: Foi importante para o nosso grupo conhecer esse método? O que podemos fazer para aprofundar mais?

Animador 1: Vamos experimenta-lo? (entregar o roteiro número 2 para ser praticado em casa)
Canto: Toda a Bíblia é comunicação
de um Deus amor, de um Deus irmão.
É feliz quem crer na revelação,
quem tem Deus no coração.

 

 

ROTEIRO 2


TEMA: SÓ SE APRENDE REZAR REZANDO

Objetivo: Através de seis passos praticar individualmente a leitura orante da Bíblia em casa, no escritório, no parque, na igreja diante do sacrário, no grupo...

Material necessário: Bíblia.

Sugestão de Textos: Mc 4,1-9;  Mc 4, 35-41; Mc 7,1-13;  Mt 5,1-12; Mt 7,24-27; Lc 2,46-55; Lc 4,14-21;  Jo 2,1-12; Jo 4,1-42, Jo 13, 12-17.

Tempo: 30 minutos

1º Passo: Escolha um texto acima ou outro de sua preferência, poderá ser usado o texto da liturgia semanal ou dominical, e procure um local tranqüilo e agradável para refletir e rezar. Em seguida, respire pausadamente e várias vezes, e com um canto, mantra ou uma oração, peça as luzes do Espírito Santo para esse momento de oração. 

2º Passo: Leia o texto várias vezes. Leia também o texto anterior e o posterior para perceber todo o conjunto. Faça ao texto aquelas perguntas das quais falamos no primeiro roteiro, para situa-lo no contexto da época em que foi escrito. Veja nas linhas e nas entrelinhas. Verifique também a existências de outros textos semelhantes em outros Evangelhos ou livros bíblicos e compare. As introduções aos livros bíblicos, as notas de rodapé da sua Bíblia e o acesso a subsídios publicados pelas editoras podem ajudar e muito a situar o texto dentro do contexto. 

3º Passo: Atualize o que você acabou de ler, confrontando-o com a sua vida. A pergunta para ser feita nesse momento é: O que este texto tem a ver com o contexto no qual estou inserido? O que tem a ver com a minha vida, com o que estou sentido? O que tem a ver com o meu grupo ou movimento?

4º Passo: Responda a Deus em forma de oração a partir daquilo que você sentiu através dos dois momentos anteriores. Transforme as palavras do texto em oração, em preces, pedidos, louvores, perdão, agradecimento, admiração. Deixe os sentimentos brotarem de dentro de você com franqueza e autenticidade. Oração é dialogo, comunicação com Deus.

5º Passo: Fique algum tempo em silêncio contemplativo saboreando tudo o que você experimentou durante esse momento de oração. Sinta-se olhado por Deus. O silêncio nesse instante é importante para se ouvir o que Deus está pedindo para ser posto em prática no dia-a-dia. É por isso que a contemplação é ativa. Ela nos impulsiona a fazer algo concreto. O que Deus está pedindo?

6º Passo: Escolha uma frase do texto como resumo para memorizar durante o dia. A frase é para ajudá-lo a recordar o compromisso assumido no diálogo com o Senhor.

Obs: tudo precisa ser feito em clima de oração

 

 

ROTEIRO 3


LEITURA ORANTE FEITA  EM GRUPO

Sugestões de textos:

1 . Acolhida, oração
Acolhida e breve partilha das expectativas.
Oração inicial, invocando a luz do Espírito Santo.

2 . Leitura do texto
Leitura lenta e atenta, seguida por um momento de silencio.  Ficar calado, para que a Palavra possa calar em nós. Repetir o texto em mutirão, tentando lembrar tudo o que foi lido.

3. O sentido do texto
Trocar impressões  e dúvidas sobre o sentido do texto. Se necessário, ler novamente e esclarecer-se mutuamente. Um momento de silêncio para assimilar tudo o que foi ouvido.

4. O sentido para nós
Ruminar o texto e descobrir o seu sentido atual. Aplicar o sentido do texto à situação que vivemos. Alargar o sentido, ligando-o com outros textos da Bíblia. Situar o texto no Plano de Deus que se realiza na história.

5. Rezar o texto
Ler de novo o texto com toda a atenção. Momento de silêncio para preparar a resposta a Deus. Rezar o texto, partilhando as luzes e forças recebidas.

6. Contemplar, comprometer-se
Expressar o compromisso a que a Leitura Orante nos levou. Resumir tudo numa frase para levar consigo durante o dia,

7. Ler um salmo
Achar um salmo que expresse tudo o que foi vivido no encontro. Rezar o salmo para encerrar o encontro.

 

 

ROTEIRO 4


TEMA: PRATICANDO COMUNITARIAMENTE A LEITURA ORANTE

Objetivo: Levar o grupo a fazer a Leitura Orante de Lc 15, 8-9

Material: Bíblias, música instrumental.
1o Passo: O grupo é acolhido com um canto alegre. Em seguida o animador do encontro pergunta: quem praticou a leitura orante durante a semana? Como foi fazer a experiência? Quais foram às descobertas? As dificuldades encontradas? Deixar o grupo partilhar a experiência, em seguida convida o grupo a pedir as luzes do Espírito Santo para esse novo encontro de aprofundamento do método da Leitura Orante.

Canto: Vem Espírito Santo, vem, vem iluminar...

2o Passo: O animador/a convida os jovens a fazerem individualmente a leitura, vagarosa, atenta e criteriosa do texto de Lc 15, 8-9, levando em consideração o que vem antes e o que vem depois. Após a leitura o animador/a interroga o grupo: Quem está falando e com quem está falando? (silêncio...) O que diz o texto?

3o Passo: Alguém previamente escalado conta o texto sem usar a Bíblia. O animador/a através de pequenos intervalos de tempo orienta a meditação perguntando: O que esse texto esta falando para cada um/a de nós? Que frase ou palavra esta falando mais forte nesse momento? Repita esta frase ou palavra suavemente, várias vezes, para você e para Deus.

4o Passo:  O que gostaríamos de falar para Deus agora? Este é o momento de nos dirigir pessoalmente a Deus para louva-lo, agradece-lo, pedir mais luz para compreender a Palavra, etc... Deixar tempo suficiente para a oração e depois fazer uma encenação (sem fala) do texto, caracterizando bem o acender da luz, o varrer da casa, a procura da moeda, a satisfação do encontro, a alegria e a partilha com as amigas.

5o Passo:  Contemple agora a ação que Deus operou em você na leitura, meditação e oração desse texto. Em silêncio interior responda a seguinte pergunta: O que esse texto sugere que eu faça de concreto na minha vida?

Canto:

- Depois do canto, o animador ou outra pessoa preparada amplia a proposta feita pela Pastoral da Juventude do Brasil para se ler a Bíblia, nos seguintes passos:

“a) Acender a Luz: Não é suficiente compreender a história da vida daqueles que hoje lêem a bíblia. Necessitamos conhecer a história do povo que viveu as narrativas bíblicas e que, percebendo a ação de Deus em suas vidas, foi fiel e as registrou. É o ato de iluminar a vida, ontem e hoje.

b) Varrer a casa: Processo de rea-propriação da bíblia. É retirar a poeira acumulada (opções, prioridades nunca postas em prática), deslocar móveis pesados e nunca arrastados (tradições, costumes), evitar a seleção de preferências de textos, evitar preconceitos e relações apressadas.

c) Procurar diligentemente: Faz estabelecer um dialogo com o texto. Manter-se fiel ao texto. Perguntar pela vida concreta é perguntar pela forma de organizar a vida: o trabalho, a vida social, as relações entre pessoas (homem, mulher, adultos, crianças), poder político, o saber, a religião, a cultura os costumes.

d) Reúne amigas (os) e vizinhas (os): o achado não é assunto particular, nem serve para satisfação interior. A leitura da bíblia não é assunto particular. Exige rua, relações, vizinhança, comunidade e é ecumênica.

e) Alegrai-vos: Convoca para o louvor, a celebração: “o que está perdido, foi achado”.  A espiritualidade é motivação par a alegria, a partilha, a celebração, a festa.” 

6o Passo: Como é fazer a leitura da Bíblia assim? Como se sentiram? Quais foram as descobertas? Qual foi o momento mais gostoso? Esse encontro foi importante para o nosso grupo? Por que?

 

 

ROTEIRO 5


TEMA: ORAÇÃO E AÇÃO = Lc 10,38-42

Objetivo: Incentivar cada um a descobrir através da leitura orante da bíblia a importância da oração na vida pessoal e na vida do grupo de jovens.

Material necessário: Uma bacia com água perfumada, Bíblias, vela, aparelho de som, Cds com música instrumental ou cantos gregorianos, cadeiras suficientes para todos, almofadas ou tapetes, um barco de isopor, dois remos, uma rede de pesca, animadores do encontro devidamente preparados e sintonizados uns com os outros.

Ambiente: Arrumar a sala de modo que o ambiente por si só já seja um convite para a oração. No centro colocar a rede de pesca, o barco com os remos, uma vela acesa e um cartaz escrito: “É preciso orar e trabalhar”

Canto: 

Acolhida: Sejam todos bem-vindos. Estamos experimentando em nossos encontros um jeito novo e gostoso de escutar a Palavra de Deus. Esse jeito é novo para nós, mas na verdade os primeiros cristãos já o conheciam e o praticavam.  O objetivo desse método é alimentar a vida diária através da Palavra de Deus. Nos encontros passados tivemos a felicidade de conhece-lo e até pratica-lo. Hoje queremos experimentar um pouquinho mais desse método que alimentou a Igreja e os primeiros cristãos por muitos e muitos séculos. (Enquanto se canta o mantra  repetindo várias vezes, duas pessoas com a bacia contendo água perfumada unge as mãos ou os rostos dos participantes dando-os as boas-vindas).

Para início de conversa: Vamos nos sentar e nos acomodar de maneira confortável, pois quero lhes contar uma bonita estória. “Um velho pescador, bom cristão, gravara num dos remos da sua  canoa a palavra “trabalho” e no outro remo a palavra “espiritualidade”. Certo dia, ele conduzia, para a outra margem do rio, um jovem que não rezava mais e considerava a religião como velharia inútil. Ao ver a palavra “espiritualidade” num dos remos, o jovem disse ao velho em tom de ironia:
- Você ainda é dos tempos atrasados! Para que rezar? Não basta trabalhar? Deixe essas coisas inúteis, não perca tempo com rezas...
O barqueiro nada retrucou e, como única resposta, parou de movimentar o remo que tinha a palavra “espiritualidade”, movimentando violentamente só o outro, que tinha a palavra “trabalho”.
Logo apareceu o resultado: o barco começou a girar em torno de si mesmo, sem ir para frente a fim de atingir a outra margem do rio. Assim o jovem percebeu que para chegar à outra margem era necessário manejar os dois remos”.
Vamos conversar um pouco:
ü    O que você achou dessa estória?
ü    O que é oração para você?
ü    Alguém tem um testemunho para contar de uma ocasião em que a oração ajudou a superar um momento difícil da vida?
ü     Por que você acha que a oração o ajudou?

1o Momento: (em pé) Para dar continuidade ao nosso encontro, vamos acolher a Sagrada Escritura que solemente será trazida para o nosso meio.  (Alguém traz solenemente  a  Bíblia, dançado festivamente ao som de uma musica apropriada, em seguida incensa a Palavra e proclama solenemente  o texto de Lc 10,38-42, depois coloca a Bíblia perto da barca e da rede).

Animador: (sentados) Algumas perguntas nos ajudaram a compreender melhor o texto que acabamos de ouvir: Quem aparece no texto e o que fazem? Qual é a atitude de Marta? E a atitude de Maria? Quem são Marta e Maria? O que disse Jesus? O que Lucas quer mostrar para a sua comunidade através desse fato que aconteceu com Jesus? Vamos ler novamente o texto, só que agora, individualmente, para compreendermos melhor a mensagem de Lucas para o povo da sua época?

2o Momento: O animador deve destacar que este é o momento de meditar, de atualizar o texto para a vida e o contexto de cada um. As perguntas para orientar o grupo nesse momento são: O que Lucas esta querendo falar conosco através desse texto? O que nos agita e nos preocupa em nossa vida? Qual  palavra ou  frase do texto que mais nos tocou? O que ficou no coração?

3o Momento: O que o texto nos faz dizer, ou seja, o que eu quero dizer agora para Deus? Este momento é de diálogo com Deus e cada um pode fazê-lo em voz alta, através de uma oração, de uma prece, de um louvor, pedido de perdão ou de agradecimento.
4o Momento: Somos convidados agora a perceber a ação de Deus no cotidiano da nossa vida. O que esse texto me faz enxergar? Qual a Boa Notícia que o texto me leva a fazer de novo no meu-dia-dia? O que podemos fazer, tanto individualmente como em grupo, para ouvir mais as palavras de Cristo em nossa vida e em nosso grupo?

Canto: É como a chuva que lava, e como o fogo que arrasa;
             Tua palavra é assim não passa por mim, sem deixar um sinal..

Celebrando e comprometendo com a palavra: O animador convida o grupo a partilhar a experiência feita: Como foi fazer a leitura assim? Como se sentiram? Quais foram as descobertas? Qual foi o momento que você mais gostou? Qual a palavra ou frase do texto que mais o tocou?

Canto:  É como a chuva que lava, e como o fogo que arrasa;
              Tua palavra é assim não passa por mim, sem deixar um sinal.
(Enquanto isso vai passando a bíblia e a vela num gesto de compromisso coletivo de colocar em prática no dia-a-dia a Leitura Orante da Bíblia e da vida). Insistir para o grupo exercitar o método em casa através do roteiro número 1 com os seis momentos da leitura orante que já foi distribuído no primeiro encontro.

Avaliação: A leitura orante e diária da Bíblia é como a chuva, que aos poucos vai amolecendo e fecundando o chão duro da nossa vida (Is 55,10-11). Entrando em dialogo com Deus e meditando a sua Lei, dia e noite, a pessoa cresce como a árvore plantada à beira dos córregos e dá fruto no tempo devido e suas folhas nunca murcham (Sl 1,3). Não se vê o crescimento, mas se percebe o seu resultado no encontro renovado consigo mesmo, com Deus e com os irmãos. “Tua Palavra é assim, não passa por mim, sem deixar um sinal”, foi assim que nós acabamos  de cantar?
Esta reunião foi importante para o grupo? Por que?

 

 

ROTEIRO 6


TEMA: SOMOS  SAL  DA TERRA E  LUZ  DO MUNDO

Objetivo: Experimentar a leitura orante da bíblia para ajudar a vivência da espiritualidade na vida do grupo

Material necessário: Bíblia para cada participante, aparelho de som, CDs com música instrumental ou cantos gregorianos, um par de sandálias, lençóis, sal, vela para cada participante, Círio, terra, globo ou mapa do mundo.

Ambiente: No meio da sala fazer uma grande tenda com lençóis de modo que todos possam entrar dentro. Colocar na tenda uma vela grande (círio), bíblia, sandálias como se estivesse saindo da tenda, o sal, a terra, o globo ou mapa e no alto da tenda um cartaz escrito: “Vós sois o sal da terra, vós sois a luz do mundo”.

Acolhida: Acolher os participantes dando uma vela para cada um e com música instrumental, criar um ambiente propicio para a oração. O animador da as boas-vindas em seguida faz um levantamento para saber quem está exercitando em casa a leitura orante, e após os depoimentos, em frente à tenda, com as mãos dadas pede junto com os demais participantes as luzes do Espírito Santo entoando  um canto apropriado.

Vivendo a Palavra de Deus:

1o Momento: Convidar o grupo a silenciar para ler o texto: Mt 5,13-16. Fazer a leitura (varias vezes) individualmente, levando em consideração o que vem antes e o que vem depois. Perceber quem aparece no texto e o que fazem.. Qual será o problema que a comunidade de Mateus estava enfrentando e que fez surgir esse texto no ano 80?

2o Momento: Destacar que este é o momento de meditar. Deixar Deus falar com cada um através do texto. Cada pessoa é convidada a atualizar o texto para dentro do contexto atual, destacando uma palavra ou a frase do texto que mais o tocou e que ficou no coração.

3o Momento: Cantando a música: “Deixa a luz do céu entrar” ou outra que sirva para esse momento, o animador acende a sua vela no Círio e vai acendendo a vela de quem está ao seu lado, e assim sucessivamente. Quando todos estiverem com as suas velas acesas conduz um momento de relax pedindo que fixem seus olhos na chama da vela, respirando profundamente pelo nariz e expire pela boca, procurando sentir uma unidade com a vela. Mantendo a concentração na chama perceba os detalhes, as cores, o movimento. Aproxime a vela o mais próximo possível, fixe os olhos na chama por alguns minutos sem piscar e feche os olhos em seguida. Perceba a sombra e a dança da chama. Fique assim alguns minutos. Lentamente abra os olhos, respire. O que o que eu quero dizer agora para Deus? Orientar que este momento é de diálogo com Deus e cada um pode faze-lo através de uma oração de louvor,perdão ou agradecimento.
4o Momento: Orientar o grupo dizendo que esse momento é de contemplação. Perceber a ação de Deus no cotidiano da vida. O que o texto me faz enxergar? Qual a Boa Notícia que o texto me leva a fazer de novo no meu-dia-dia?

Comprometendo-se com a palavra: Através de um canto fazer a ligação entre um momento e outro. O animador pega o sal e passa entre os participantes para que provem e convida partilhar a experiência feita: Como foi fazer a leitura assim? Como se sentiram? Quais foram as descobertas? Qual foi o memento que você mais gostou?

Celebrando  com a palavra: O coordenador convida o grupo a se colocar em pé, e dizer qual a palavra ou frase do texto que mais o tocou. Essa frase ou palavra irá nos acompanhar e será por nós ruminada durante o dia. Em seguida canta uma canção apropriada para o momento, enquanto os participantes vão experimentando do sal que vai passando, a luz e a Bíblia num gesto de compromisso de continuar colocando em prática no dia-a-dia a Leitura Orante da Bíblia.

Avaliação:
Esta reunião foi importante para o grupo? Por que?

 

 

ROTEIRO 7


TEMA:  QUERO ENXERGAR DE NOVO

Objetivo: Ajudar os jovens, através do capítulo 9 de João, a “enxergar” melhor, ligando a religião com a vida diária de cada um, desenvolvendo o senso crítico sobre a realidade e avaliando o engajamento e a caminhada pessoal e do grupo na comunidade e na sociedade. Esse encontro é bom que seja feito à noite ou em um ambiente com pouca luminosidade.

1o Passo: Escolha do lugar, preparação, silêncio, oração pessoal

2o Passo: Ler devagar todo o texto uma vez. Ler uma segunda vez a partir das seguintes chaves de leitura: Quem é o “cego”? Quais os grupos (fariseus, vizinhos, pais) que se irritaram quando o “cego” começou a enxergar? Qual foi a reação deles? Quais foram as reações do cego? Qual foi a sentença dura de Jesus para com os fariseus?

3o  Passo: Atualização do texto dentro do nosso contexto. Quem é o cego de hoje ? Será que também somos cegos? Existem grupos em nosso meio que não querem que “cegos” enxerguem ? Quais ? Por que? Quais as causas e conseqüências desta situação ?

4o Passo: O que tudo isso me faz dizer a Deus?

5o Contemplação. Que pistas concretas o texto oferece para que cada um e o grupo de jovens possa atuar diferente?

6o Passo: Escolhe uma frase do texto como resumo para o prolongamento da reflexão na vida.

Obs: O grupo poderá estudar outros textos que reflita sobre a realidade e o exercício da cidadania, a partir da PALAVRA DE DEUS, buscando pistas concretas para uma ação libertadora - aquela que faz de cada um o sujeito da história.

Lc 18, 18-25:  O jovem rico ou a vida cristã exige uma opção.

Mt 10,25-37: O bom samaritano ou  a verdadeira religião x a falsa religião.

Mt 25,31-46: O juízo final ou  opção preferencial pelos pobres

Mt 4,1-11: As tentações de Jesus ou  vida cristã: uma escolha

* A narrativa de João 9 (a cura do cego de nascença) merece ser encenada usando as mesmas palavras do Evangelho. Em um ambiente semelhante a um tribunal o cego e Jesus são acusados, porém, a figura de Jesus deverá ter um destaque especial: No começo é julgado à revelia. Só reaparece no fim; ai, ele vira a mesa: de acusado passa a acusador, acolhe o que foi por eles acusado e humilhado (v. 35-41). No fim atua como juiz: pronuncia os culpados e os “excomunga”. Seu julgamento tem como base a fidelidade ou não à Luz.

 

 

ROTEIRO 8


TEMA:REZAR COM O FÍCIO DIVINO DAS COMUNIDADES

Animador 1 - Um outro método de oração bastante antigo na Igreja e que vem dos nossos pais e mães da nossa fé é o Ofício Divino das Comunidades . É um método jovem, bem parecido com a gente, porque está aberto ao jeito de cada um viver a fé em nosso tempo. Nesses últimos anos tanto o Ofício Divino como a Leitura Orante tem se tornado uma referência importante e ajudado muitos grupos de jovens a organizarem melhor a vida de oração em seus encontros, assembléias e reuniões. Juntando o Ofício com a Leitura Orante teremos mais uma opção agradável e gostosa de rezar sem ser chato.

Animador 2: A estrutura usada no Ofício das Comunidades é uma adaptação inculturada do louvor conforme a tradição judaica e das primeiras comunidades cristãs. O esquema que proponho juntando com a Leitura Orante, consiste na oração pessoal logo na chegada, em uma abertura, na recordação da vida, na recitação de um hino, na utilização de um salmo, na leitura, meditação, oração, contemplação e oração e benção final. Vamos experimentar?

Sugestão de textos: Ex 19, 1-11; Dt 30,15-20; Is 6, 1-13; Is 42,18,25; Is 54,1-17; Am 6, 1-7; Jr 1, 4-10; Mc 2, 1-12; Mc 6, 45-52; Mt 16,24-28; Lc 5,1-11; Jo 15,1-17.

1. Ambientação- Em circulo, se possível, de modo que todos se enxerguem. Esse jeito já é um sinal litúrgico de comunhão entre nós e o Senhor.  O espaço poderá ser decorado com pouca iluminação e com símbolos: uma toalha, vela, flores, incenso...

2. Chegada – Silêncio para a oração pessoal. Uma música instrumental ajuda criar um clima gostoso e convidativo para a oração. Quem for chegando vai cumprimentando os companheiros e companheiras mais próximos com um toque afetuoso, sem fazer barulho, para guardar o clima de tranqüilidade  de quem já esta rezando.

3. Abertura -  Alguém acende a vela, o incenso e o cantor ou cantora entoa a abertura do Ofício. Faz-se o sinal da cruz sobre os lábios, ao cantar o verso “Estes lábios meus, vem abrir, Senhor” e um sinal da cruz mais amplo da cabeça ao peito, de um ombro ao outro, ao cantar o verso “Vem ó Deus da vida, vem nos ajudar”, e ao receber a benção final. Durante o glória pode-se fazer também o sinal da cruz, ou levar as mãos, ou se inclinar. Ao cantar o verso “Aleluia irmãs, aleluia irmãos”, todos se cumprimentam com um gesto afetuoso de olhar, beijo ou abraço. 

Abertura para quando for rezado o Ofício de manhã: 
- Estes lábios meus, vem abrir, Senhor, (bis) 
   Cante esta minha boca sempre o teu louvor! (bis)
- Venham, adoremos, a nosso Senhor! (bis)
   Hoje ele nos reúne em seu grande amor. (bis)
- Seu amor preencha nosso amanhecer. (bis)
  E todo o dia alegres vamos conviver!
- Não fechemos hoje nosso coração, (bis)
   Sua voz escutemos com toda atenção! (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito
  Glória à Trindade Santa, glória ao Deus Bendito!
- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãs
  Dos jovens que trabalham e rezam, a Deus louvação

Abertura para quando for rezado o Ofício à tarde:
- Venham, ó nações, ao Senhor cantar! (bis)
   Ao Deus do universo venham festejar! (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre, (bis)
   Sua fidelidade dura eternamente. (bis)
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
   Glória à Trindade Santa, gloria ao Deus bendito! (bis)
- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! (bis)
   Povo de sacerdotes, a Deus louvação? (bis)
- Ao partir o pão ele apareceu, (bis)
   Fica, Senhor, conosco, já escureceu! (bis)

Abertura para quando for rezado o ofício à noite:
- Venham, ó nações,  ao Senhor cantar! (bis)
  Ao Deus do universo venham festejar! (bis)
- Seu amor por nós, firme para sempre, (bis)
  Sua fidelidade  dura eternamente (bis)
- Teu poder ó,  Deus, vem nos revelar. (bis)
   Por teu amor agora vem nos libertar (bis)
             (acendem-se as velas)
- Para ti. Senhor, toda noite é dia, (bis)
  A escuridão mais densa logo  se alumia. (bis)
-    Vem, ó luz da vida, vem Cristo Jesus (bis)
    Vem dissipar a noite, sol que nos conduz! (bis)
    (oferta-se incenso ou ervas cheirosas)
- Suba nosso incenso a ti, a ti, ó Senhor, (bis)
   Das mãos de quem vigia, recebe o louvor! (bis)
- Nossas mãos orantes para os céus subindo, (bis)
   Cheguem como oferenda ao som deste hino. (bis)
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis)
   Glória à Trindade Santa, gloria ao Deus bendito! (bis)
- Em pé, vigilantes, juntos na oração. (bis)
   Vamos ao seu encontro, lâmpadas nas mãos! (bis)

4- Recordação da vida – ou – Revisão do Dia. Muitas vezes vamos para a oração, com questionamentos, dúvidas, esperanças, tristezas, alegrias, conquistas, lembranças de pessoas ou fatos marcantes da história, da comunidade, do grupo de jovens, da escola, do trabalho, da vida familiar, o que fazer com tudo isso? Partilhar as lembranças, os sentimentos as preocupações, pois quando partilhamos ligamos a páscoa da vida com à Páscoa de Cristo. A partilha poderá ser feita também em forma de jogral, música, teatro...

5. Hino – É um cântico que expressa a vivência de um povo ou de uma comunidade. Há muita coisa boa na nossa música popular brasileira, bem ao gosto da juventude que serve para ser usado como hino do Ofício. É importantes que esse hino tenha algo com o momento anterior, a recordação da vida, e que ajude o grupo a rezar.

6. Salmo – Os Salmos são orações poéticas, das quais cerca de cem expressam lamentação e/ou denúncia, e cinqüenta, louvor. Eles dizem que Deus é Alguém que aparece a qualquer momento; está em comunicação direta com os homens; intervém nos momentos críticos da vida; vence as guerras; curas as doenças; chega a mudar as leis da natureza para realizar o seu plano com os homens. Rezando os Salmos encontramos algo de nós mesmos que nos faz descobrir quem somos e qual a nossa responsabilidade. Todos eles nasceram de circunstâncias que nós também vivemos: alegria, gratidão, tristeza, angústia, dúvida, desespero, frustração, abandono, derrota, vitória, crise, paz, guerra, incompreensão, fidelidade, amizade, traição, doença, velhice, perseguição, injustiça, opressão, sensação de contradição e absurdo da vida...
Para cada situação da nossa vida existe um salmo correspondente. Eles podem ser rezados individualmente, em grupos alternados, ou cantados. Quem coordena previamente estabeleça o modo de faze-lo.

07. Leitura – O que se deve ler? Quem coordenar a reunião, ou o momento de espiritualidade, deverá escolher antecipadamente uma leitura que seja breve ou se desejar poderá ser a leitura do dia ou da liturgia dominical e conduzir o grupo conforme os passos já conhecidos da Leitura Orante. 

08. Meditação – Como resposta imediata à palavra ouvida, canta-se um cântico responsorial e depois em silêncio o grupo é convidado a repassar para o coração o que foi ouvido atualizando o texto com o contexto de cada um.

09. Oração – Quem coordena convida o grupo a fazer primeiramente preces de louvor, agradecimento, suplica, intercessão, etc... No final, todos cantam ou rezam o Pai-Nosso, acrescentando: “Pois vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre”, como faziam as primeiras comunidades cristãs, e como fazem até hoje as Igrejas evangélicas.

10. Contemplação – O que o Senhor está nos pedindo para ser feito?

10. Partilha - Quem coordena convida o grupo a partilhar entre os irmãos os sentimentos, impressões, e os apelos que a Palavra de Deus fez surgir em cada um.

11.  Benção final - A bênção poderá ser feita das seguintes formas, escolha um.
1o - Pede-se que se formem duplas. Um em frente do outro. Com a mão direita na cabeça do companheiro da frente se diz ou se canta: Deus te abençoe. Com as duas mãos nos ombros: Deus te proteja. Abraçando de um lado e de outro: Deus te de a paz, Deus te de a paz.

2o - Com as mãos estendidas o coordenador convida o grupo a encerrar a oração abençoando-os: “Que o caminho seja brando a teus pés,/ o vento sopre leve em teus ombros./ Que o sol brilhe cálido sobre tua face,/ as chuvas caiam serenas em teus campos,/ e até que, de novo, eu te veja. / Que Deus te guarde na palma de sua mão”.  (Antiga bênção irlandesa)

3o - Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. Que Ele nos mostre sua face e se compadeça de nós. Que nos abençoe o Deus todo poderoso. Pai, Filho, Espírito Santo. Amém.

4o Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
    Para sempre seja louvado!

12- Abraço da Paz -  O abraço da Paz poderá ser feito da seguinte maneira: Pede-se que se formem duplas. O orientador ergue a mão direita  na altura do ombro e toca na mão direita do companheiro da frente, que também tem a sua mão direita erguida na altura do ombro. O mesmo se faz com a mão esquerda, ou seja, mão direita, com mão direita, mão esquerda, com mão esquerda. E no final um abraço apertado.

 

 

ROTEIRO 9


TEMA: CELEBRAÇÃO VOCACIONAL

Ambiente: Uma mesa com panelas vazias, roupa rascada, martelo, fotos de crianças famintas e abandonadas, fotos de ônibus lotados... Outra mesa com jarra com água, Bíblia, esmola, aliança, fascículos de novenas, terços azeite.. . .

Canto: Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir .
             Se queres que eu te sigas, respondo: eis-me aqui.
Animador 1: (Dá as boas-vindas e motiva o encontro). É o Senhor Jesus que nos reúne. Ele nos ama e nos dirige sua Palavra. Palavra de vida e esperança. Palavra que nos convida, convoca, provoca e envia. No Documento Final do 1.º Congresso Vocacional do Brasil, realizado em 1999 em São Paulo, viu-se a necessidade de “um trabalho de integração entre pastoral da juventude e pastoral vocacional, respeitando a especificidade e a identidade de cada uma” (n.º 36).

Animador 2: Esta celebração é um convite para que a gente aceite o chamado que Deus nos faz para trabalharmos na construção da sociedade justa, fraterna, com pão na mesa para todos.

An. 3: Precisamos deixar Deus abrir os nossos olhos para nos mostrar a dura realidade de sofrimento e angustia que tantas pessoas experimentam. Precisamos deixar que o Senhor abra nossos ouvidos para que escutemos o grito dos que não têm casa para morar e pão para comer.

Todos: A voz do Senhor, nosso Deus, sussurra  ao nosso coração: “O que poderás fazer pelo teu irmão?”.

An. 5: Iniciemos nossa celebração cantando:

- Estes lábios meus, vem abrir, Senhor, (bis) 
   Cante esta minha boca sempre o teu louvor! (bis)
- Venham, adoremos, a nosso Senhor! (bis)
   Hoje ele nos chama por seu grande amor. (bis)
- Não fechemos hoje nosso coração, (bis)
   Seu chamado escutemos com toda atenção! (bis)
- Glória ao Pai, ao Filho e ao Santo Espírito
  Glória à Trindade Santa, glória ao Deus Bendito!
- Aleluia, irmãs, aleluia, irmãs,
  Dos jovens que trabalham e rezam, a Deus louvação

Todos: Sim, o Senhor nos faz a pergunta: O que poderás fazer pelo teu irmão que passa necessidades?'' (Canto à encolha do grupo).

An. 1: Jesus Cristo viveu numa família. Conviveu com as comunidades. Foi solidário com os doentes. Compreendeu a fome dos famintos. Consolou as viúvas. Denunciou as injustiças. Desmascarou a corrupção. Lutou e deu a vida pela dignidade da pessoa. 

An. 2: Hoje, Jesus Cristo, presente entre nós pergunta: Quais são os sofrimentos, as  angústias e os ferimentos das pessoas? (Deixar o grupo falar.)

An. 5: (Oração) Senhor Deus, nosso Pai, abençoai nosso encontro. Fortificai nossa fé. Ajudai-nos a ser solidários com as pessoas que sofrem e que estão sendo injustiçadas, oprimidas, marginalizadas e desprezadas. Colocai em nosso coração os sentimental de Jesus, filho de Maria e amigo dos pobres. Isso vos pedimos, ó Pai, por meio de vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

An. 1: Vamos receber a Bíblia Sagrada. Ela é a Palavra viva de Deus para nós, hoje. Ela é luz na caminhada. Revela a vontade e o sonho de Deus, nosso Pai. Queremos acolhê-la, de pé, cantando o canto (à escolha do grupo). (Enquanto isso, entra na assembléia, em procissão, a Bíblia rodeada por pessoas trazendo flores, ervas cheirosas, ramos, velas, incenso...)

Proclamação  da Palavra por alguém da assembléia: Lc 10,17-24.

An. 2: Qual é a mensagem que o Evangelho nos comunica? O que ele nos diz em relação ao sofrimento dos nossos irmãos, hoje? (Após essas perguntas, reler algumas frases do  Evangelho que foi lido).

Preces:

Um jovem mostra a estola e diz: Senhor, o sacerdote é uma pessoa que entrega sua vida gratuitamente para servir e mostrar que somos todos iguais, irmãos, filhos do mesmo Pai que está nos céus. Dai-nos a graça de poder doar a vida para que haja menos fome no mundo. Rezemos.

Uma jovem mostra um par de alianças e diz: Nosso Deus e Pai, olhai estas alianças. Simbolizam amor, fidelidade, compreensão, partilha. Dai-nos a graça de nossas famílias abrirem as portas de nossas casas aos necessitados e aos famintos. Fazei que em nossas famílias se cultive o espírito  comunitário e solidário. Rezemos.

Outro jovem  mostra a Bíblia e diz: Deus, nosso Pai e amigo, quereis o bem de todos. Fazei que a vossa Palavra ilumine o nosso caminho e nos lave até as pessoas pobres e doentes. Que vossa Palavra nos ensine a transformar as estruturas e a partilhar nossos bens. Rezemos.

Alguém mostra um terço e diz:  Ó Deus, sois o Pai de todos. Dai-nos a graça de estarmos sempre unidos, como estas contas do terço, no serviço que fazemos em favor da comunidade. Que Maria, mãe de Jesus, nos acompanhe e nos projeta na luta contra a injustiça e a discriminação. Rezemos.

Enquanto alguém montra a jarra com água e diz: Senhor, um dia fomos batizados. Mergulha- mos na vossa graça e recebemos o presente de sermos filhos e filhas vossas. Queremos assumir hoje o compromisso de caminhar como discípulos que acolhem, curam, consolam, anunciam o Reino. Rezemos.

Alguém mostra  as flores e diz: Pai, queremos que o mundo seja um paraíso  para todos, com mesas fartas de pão e muita festa para celebrar a vida e o vosso amor. Rezemos.

Alguém mostra o óleo e diz: Pai, no dia do nosso batismo e da nossa crisma, fomos ungidos com o óleo  do Espírito Santo para sermos sacerdotes e construtores da nova sociedade. Fazei que hoje reassumamos nossa missão e sejamos dignos do nome de cristão que trazemos gravado no coração. Rezemos.

Pai-nosso: (pessoas em silêncio se aproximam da mesa, tomam as panelas vazias, talheres, roupas, fotos, martelo, enxada, vela acesa... e mostram à comunidade... Depois de algum tempo em silêncio,  reza-se, de mãos erguidas o pai-nosso).

Partilha do pão: (Após a oração do pai-nosso, entram jovens trazendo pedaços de pão e os colocam dentro das panelas vazias... Passam-se as panelas entre os presentes e cada um se serve de um pedaço e o troca ou reparte com  o vizinho. Enquanto isso se canta: “Pão em todas as mesas”- ou outro canto).

Mensagem final: Deus colocou no coração de cada um de nó um chamado. Uma vocação é uma convocação. As pessoas pobres, necessitadas, doentes, tristes, desempregadas sempre nos recordam a vocação colocada por Deus em nosso coração. O mês vocacional reaviva essa vocação que mora em nós. Foi colocada por Deus.

An. 1: Ser padre
Todos: é lutar para que haja comida na panela de todos.

An. 2: Ser catequista
Todos: é ensinar a partilhar o pão.

An. 3: Ser religioso
Todos: é entregar a vida a serviço da fraternidade e da justiça

An. 4: Ser pai e mãe
Todos: é promover, defender, gerar e plenificar a vida.

An. 2: Ser animador de comunidade
Todos: é promover o espírito  comunitário e solidário.

An. 1: Ser cristão
Todos: é assumir radicalmente a mudança das estruturas que geram a fome e matam a vida.

An. 2: Ser vocacionado,
Todos: Todos o somos quando buscamos a justiça e a liberdade para todos.

An. 3: O que podes fazer por teu irmão?

Todos: Caminhar com ele na luta pela dignidade da vida e na conquista de seus direitos de ser gente, de amar e ser amado.

Canto final: à escolha do grupo.

 

 

CONCLUSÃO

Querido amigo, como você sabe, um principiante torna-se um bom artífice, exercitado-se. Não pode desanimar diante das dificuldades. Deve perseguir em frente, exercitando-se continuamente.  Quanto mais difícil a arte, mais exercício exige. Aprende-se a andar, andando; a falar, falando; a escrever, escrevendo; a namorar, namorando; e a rezar, rezando.
Para que você possa manejar com perfeição o método da Lectio Divina, você precisa exercitar-se diariamente. O método está agora ao seu alcance. Ele poderá fazer produzir muitos frutos na sua vida ou permanecer estéril, depende de você. Se você coloca-lo em prática, sua vida será fecunda e todos os que estiverem a seu redor serão enriquecidos com suas boas obras. Se você leu, mas logo o esqueceu, tudo continuará do mesmo jeito.
Todo exercício requer seriedade, esforço, compromisso. Por isso siga ainda essas instruções: Exercite o método todos os dias, tenha uma hora marcada e marque a duração do tempo, escolha um bom lugar para fazer o exercício, leia com caneta e papel na mão, faça tudo num ambiente de oração, pois você não está estudando, você esta buscando um encontro com Deus.
Felicidades!

 

 

BIBLIOGRAFIA

01) Coleção Tua Palavra é Vida.: A Leitura Orante – Vol 1,  CRB/ Edições Loyola,1990.

02)DE Oliveira, Marlon Lelis,  Leitura Orante da Bíblia, Paulus Vídeo,

03) Matos, Henrique Cristiano José.: Leitura Orante da Bíblia: Fonte de renovação espiritual, in Convergência - Ano XXXIII, Nº 3161- Outubro, 1998.

04) De Lima, Marcos.: Orar- Rezar, Atividade Essencial, (Coleção da CRB: Para fazer bem o retiro Nº 06) Publicações CRB/1990 - Edições Loyola, São Paulo,1998.

05) Vários Autores.: Espiritualidade: Algo Novo está Nascendo, Caderno de Estudo da Pastoral da Juventude Nº 10, CCJ - SP, 1986

06) Vários Autores: Lectio Divina- Ontem e Hoje, Mosteiro da Santa Cruz, Juiz de Fora, Mimas Gerais,1999.

07) Bíblia Sagrada – Edição Pastoral, Paulus, 1990

08) Ofício Divino das Comunidades, 9º Edição, Paulus – São Paulo,1994

09) Pastoral da Juventude – Arquidiocese de Pouso Alegre – Mg – Caminhando e Crescendo – Encontro para formação de Grupos de Jovens – 3, Paulus, 1999.

10)Vários Autores: Os Jovens rezam, 5a Edição – Salesianas.

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